Meus Poemas

O que sei é que, enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas, continuarei a escrever. Como disse, e repito, o que está acontecendo comigo é que o meu mundo não é o mesmo. Meu mundo se tornou outro e eu não consigo me adaptar a ele. Há uma solidão mais profunda, que não é a de um homem sozinho, mas a de uma consciência que sabe que nunca se comunicará com outra, por mais que tente. As palavras que saem de minha boca não são as que pensei; e as que penso, não as que sinto (LISPECTOR, 1998, p. 11).

LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.